De Fevereiro a Março metia-se Bacelo, que podia ser de 3 maneiras:
Rabazoiro – Grupo de 4 pessoas que trabalhavam em diagonal (para não se cortarem).
Cada um dava 2 enxadadas de lado da fundura da cintura.
Nesga - Um homem para cada duas enxadadas. Trabalhava uma e deixava outra.
Uma mais funda para o Bacelo e outra para o vão.
Também trabalhavam em diagonal.
Manta – a terra era trabalhada toda à fundura, aqui, trabalhando já os homens lado a lado.
O Bacelo era metido pelos homens sendo a terra “apintalhada” (marcar com estacas, pintalhas, para delimitar o terreno), marcada com a ajuda de umas correntes.
Enxertia – De Fevereiro a Março, só alguns homens é que sabiam fazer este trabalho.
O processo é o mesmo que se usa hoje. Vêm atrás homens e mulheres a arrasar a enxertia.
Poda – (Poda à primeira vista, de Novembro a Fevereiro – 1º ano. À segunda vista – 2º ano). Consiste em tirar os “ladrões” (tirar rebentos prejudiciais às plantas) e deixar os talões com dois ou três olhos (poda em, redondo).
Dantes, quase todos os homens podavam.
Cava – consiste em cavar o vão todo com uma enxadada funda, ficando a erva toda para baixo.
Raspar – trabalho de homens e mulheres que endireitavam a terra e tiravam as ervas.
Cura – de Abril a Junho, pulverizava – se a cepa com sulfato de cobre, cal e agua, utilizando os pulverizadores ou como em linguagem local eram conhecidos pelos “ improvisadores”
Depois desta tarefa utilizava – se o enxofre puro.
O número de curas dependia dos anos e das doenças da vinha.
Este trabalho era feito por homens.
Durante o dia, enquanto duravam estes trabalhos da cura, ouvia-se de vez em quando, as vozes dos homens, pedindo agua aos seus ajudantes. Então a voz era sonora, aguda, utilizando-se a palavra de maneira a ficar mais fácil para ser gritada.
Acentuavam a palavra na primeira letra e depois saia o grito: Áaaaaaaaaauuuga.
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